"Cerca de três centenas de manifestantes, entre alunos e professores, obrigaram esta tarde a Ministra da Educação a abandonar a cidade de Fafe, sem cumprir o evento que tinha programado. Com palavras de ordem e ovos, os protestantes nem deixaram a ministra pôr o pé fora do carro".
Jornal de Noticias, 12 de Novembro de 2008
Não entendo como é possível perante o actual estado do nosso ensino, os professores juntarem-se com alunos para atirarem ovos à Ministra da Educação.
Claro que esta avaliação de desempenho envolve muita coisa, mas se os professores são os primeiros a queixarem-se das "faltas de educação, insolência, más-criações..." juntam-se a isto como se de crianças se tratassem?
Uma das profissões que mais receio é a de professora, pois apesar de em criança o querer ser, hoje acho que é uma profissão que exige muito estofo, pois eu vejo pelas aulas que os professores preparam e que ficam pela metade, as faltas de respeito que existem que vão desde “levar com vento na tromba” a outros exemplos…
Porém não entendo como alguns podem exigir esse respeito, quando recebem a ministra da educação, por mais que discordem com ela, com ovos.
Desde há uns tempos para cá tenho notado a qualidade das aulas a dissipar, e eu imaginava o ensino no secundário como algo muito mais exigente, e assim o encaro e o faço, mas noto que nem todos o vêem da mesma forma.
Depois há aquela questão de que ao sermos uma turma todos contribuem quer para o bem ou o mal.
Encontram-se ainda notícias como “Alunos encerraram escola a cadeado”, “professora é agredida devido a telemóvel”, e aí eu pergunto: de quem é a culpa?
Existe uma onda de facilitismos que julgo que começa a passar-se também para os professores, que preferem os ovos às palavras.
Felizmente ainda há bons professores, especialmente os antigos.