tag:blogger.com,1999:blog-7468342404854093842024-02-20T05:19:27.033+00:00Coisas e LoisasTudo começou numa Sexta-feira, 24 de Agosto de 2007, em que decidi criar este espaço.
Há sempre algo para escrever, na maior parte das vezes com origem no que vejo, daí o título do blog.
Fica, faz de conta que estás em tua casa.Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.comBlogger108125tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-74115848124911852782010-11-21T16:53:00.001+00:002010-11-21T16:56:01.424+00:00Achado<p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">O coração arrombou o peito.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Os olhos sombrios arderam,<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Tal fogueira numa casa abandonada.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">O corpo girou em torno da chama.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Procurei-te, tacteei-te, afastei-te,<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Eras poeira real, insuportável e ferina,<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Como se o passado fosse deserto.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Lembrei-me de quando ainda estavas longe.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">O meu coração não se atrevia, detinha-se.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Os olhos não queimavam, jaziam.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">O corpo deambulava sem roteiro.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Poeira estava nos meus olhos perante o fado.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Olhei-me sôfrega cobrando um sinal teu.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Uma linha, uma cicatriz, um sinal,<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">O teu odor intenso esquecido no ar,<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">O teu sorriso espelhado nos meus olhos,<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">A tua voz encoberta a soar nos meus ouvidos.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Mas não sabia eu que o que me deixaste<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Foi a noção da tua existência.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Aonde estás? Ainda vou descobrir. <o:p></o:p></span></p>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-20247246875273942572010-07-06T21:35:00.004+01:002010-07-06T22:59:43.723+01:00Durezas deste mundo<p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:trebuchet ms;">Estando nós num mundo dito globalizado, deparo-me diariamente com casos que me fazem pensar, que apesar de estarmos teoricamente mais unidos há tanto que nos separa… <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:trebuchet ms;">Procurava notícias pelo mundo virtual, tentando fugir ao tema que agora nos é apresentado diariamente, o filho do Cristiano Ronaldo, querendo o povo sofregamente saber quem é a mãe (isso é que é um assunto que dá pano para mangas naquelas conversas chatas de café); o problema que Manuela Moura Guedes enfrenta com o Primeiro-Ministro, problemas que por vezes só servem para nos desviar do que realmente é preocupante. Só nos distraem e nos fazem pensar cada vez menos e nos problemas mais fúteis que nunca farão um país ser levado além fronteiras pelos melhores motivos.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:trebuchet ms;">Deparei-me com um título que apesar de infelizmente ser muito banal ainda, por vezes contudo abafado: “Iraniana pode ser apedrejada até à morte”. E a razão? Sakineh Ashtiani ter sido obrigada a confessar adultério (com 99 chibatadas) e mesmo tendo recuado na confissão, foi-lhe imposto o apedrejamento. Os seus filhos intervieram, pedindo clemência, mas debalde, pois o código do seu país assim dita: em caso de adultério a mulher deve ser punida com pena de morte. <o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:trebuchet ms;">Pergunto-me eu: quem pode ditar o fim de uma vida, ainda mais da forma bárbara que esta mulher vai ter? Segue-se uma longa espera, pois a morte é quando alguém decidir. Esse alguém, tão corajoso, não mostra a cara. <o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:trebuchet ms;">Duvido que contra estas práticas, a palavra seja suficiente, mas tento pelo menos incentivar quem aqui passar a também alastrar esta notícia, mesmo pelas mulheres que sofrem maus-tratos no nosso país, que a pouco e pouco vão sendo “apedrejadas” e condenadas a morrer pelo menos interiormente. Talvez não sejam suficientes as notícias, a revolta que este caso tem originado, mas que se abra os olhos para o que em pleno século XXI ocorre. <o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:16;" ><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></span></p>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-31219941668485079552010-07-05T20:26:00.002+01:002010-07-05T20:30:09.261+01:00"Ninguém é de ninguém/Quando a vida nos contém."<p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:arial;">Ontem na rádio, naquelas célebres meditações, fizeram uma pergunta que nunca me tinha surgido “pertences a quem?”. É certo que é uma pergunta bastante ingrata. Provavelmente quando a leram pensaram logo “óbvio que aos meus amigos, familiares…” mas eu pensei: não pertencemos a ninguém.</span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:arial;">A partir do momento que pertencemos a alguém, deixamos de pertencer inteiramente a nós próprios pois seremos quase como marionetas que seguem o rumo que o outro assim espera ou manda, e não o natural, o que nos é inato. </span></span><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:arial;">Não, não estou a adoptar a filosofia do Ricardo Reis de não pertencer a ninguém por considerar mais fácil no caso do fado nos trair mas a assumir a posição de que uma vida é algo muito abstracto para poder pertencer na verdadeira acepção da palavra a outra. </span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:arial;">Podemos fazer parte de uma outra vida, de ser muito significativos para alguém, mas não somos objectos e como tal, pertencemos primeiramente a nós mesmos, alias se assim não for, é impossível conseguir ser crucial na vida dos demais. Agora defendo que integramos várias vidas, que marcamos de várias maneiras, e vamos sendo influenciados por quem também nos é importante. <em>E ainda bem que assim é. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></em></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:14;" ><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" ><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></span></p>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-54350194499754399792010-02-14T11:39:00.001+00:002010-02-14T11:42:35.242+00:0014<p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:'Arial', 'sans-serif';font-size:12;">O Imperador Cláudio II, durante o seu governo proibiu a realização de casamentos no seu reino, com o objectivo de reunir um forte exército. Esta proibição adveio do facto de o Imperador acreditar que se os jovens não constituíssem família se alistariam mais facilmente no exército. Contudo um bispo romano, de seu nome Valentim, continuou a celebrar casamentos mesmo com a proibição do imperador. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:'Arial', 'sans-serif';font-size:12;">Quando foi descoberta a sua desobediência, Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto este estava preso, muitos jovens lhe fizeram oferendas, como flores, bilhetes, em que diziam que continuavam a acreditar no amor.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:'Arial', 'sans-serif';font-size:12;">Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, chamada Asterias. Asterias era filha do guarda que zelava pela prisão de Valentim, e pediu ao seu pai permissão para visitar o bispo. Os dois apaixonaram-se e milagrosamente Asterias recuperou a visão. Recebeu uma carta de amor de Valentim que estava assinada “de seu Valentim”, expressão que actualmente ainda é utilizada. Valentim foi decapitado a 14 de Fevereiro de 270. A data da sua morte marca também a véspera de lupercais, festas anuais que eram celebradas na Roma Antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimónio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais do festival era o passeio da fertilidade em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em mulheres com correias de couro de cabra, segundo os quais assegurava a fecundidade. Na Idade Média, dizia-se que o 14 de Fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros, pelo que os namorados medievais aproveitavam esta ocasião para deixar mensagens.<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:'Arial', 'sans-serif';font-size:12;">São Valentim é um santo reconhecido pela Igreja Católica e Igrejas Orientais, que deu origem ao Dia dos Namorados em muitos países. O nome refere-se a pelo menos três santos martirizados na Roma Antiga.</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:'Arial', 'sans-serif';font-size:12;"></span> </p><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:'Arial', 'sans-serif';font-size:12;">E hoje?</span></p>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-69264988876137018132010-02-13T14:59:00.008+00:002010-02-13T15:06:16.559+00:00Quantos vales vales?<span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:7;"> <p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNoSpacing" align="justify"><span style="mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes"><span style="font-family:Calibri;"><span style="font-size:130%;">Realmente o<span style="mso-spacerun: yes"> </span>mundo está cada vez mais engraçado. Soube esta semana que o Governo Civil e a GNR de Bragança vão premiar os condutores sem álcool com vales de desconto em estabelecimentos comercias fruto de um projecto para a segurança rodoviaria. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNoSpacing" align="justify"><span style="mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes"><span style="font-family:Calibri;"><span style="font-size:130%;">Entendo que se aplauda os condutores que conduzem sem excesso de álcool, mas daí a ser com vales de desconto, não entendo muito bem. Encaro este “prémio” equivalente ao jogo que se faz com as crianças “Comes a sopa toda dou-te um chocolate”. Neste caso o vale, que não nos garante que não será trocado por bebidas álcoolicas. <o:p></o:p></span></span></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNoSpacing" align="justify"><span style="mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes"><span style="font-family:Calibri;"><span style="font-size:130%;">Há que travar a sinistralidade rodoviária, promover a responsabilidade de todos na segurança das estradas, mas porquê que as pessoas têm que ser premiadas por fazer algo que lhes compete? Está legalmente definido que é proibido beber enquanto se conduz (e antes também sim) então porquê que vamos premiar meia dúzia de “bonzinhos” que fazem o que está correcto? Esta situação até me coloca a questão: será que o número de infractores é assim tão grande e há que ver os poucos que respeitam? <o:p></o:p></span></span></span></p><p></span></p>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-35601889163751209682010-02-10T15:06:00.005+00:002010-02-10T15:24:10.857+00:00flash-back<div align="justify">Devo confessar que tive que criar uma nova password pois com o tempo que estive afastada já não me lembrava da anterior.</div><div align="justify">Tinha saudades de cá vir, mas por vezes ou é o tema que não surge ou é a preguiça que me vence... Mas foi hoje que lhe venci!</div><div align="justify">Estava a ver alguns dos textos que fui escrevendo aqui ao longo destes 3 anos (uma vida!) e encontrei um parágrafo muito curioso que escrevi em 2007, com 15 anos: "...Um caso que por vezes ouço, é de pessoas com idades até aos 18 anos que dizem que aos 18 fazem o que sempre quiseram.<br />Não sei se é por ver a Liberdade não como algo oferecido de imediato, mas sim merecido, que acho que estes ideais são pouco inteligentes.<br />Não digo que não se sonhe em ter futuro, qualquer pessoa o faz, mas porquê dizer que aos 18 se será dono de si mesmo, se se puder fazer com que a confiança aumente em vez de ficar á espera, pois em certos casos até nem se trabalha por ela."</div><div align="justify">Curioso pois fiz neste sábado 18 anos e devo dizer que sempre foi uma idade que quis alcançar. Quando me imaginava como adulta era sempre com essa idade. Sim, eu sei que no futuro continuarei a ser. Alguns amigos perguntam-me "como é ter 18 anos?" ao que eu respondo "é igual". É óbvio que exige maiores responsabilidades, mas não é a partir do momento que sopro as velas dos dezoito anos que me torno uma pessoa mais responsável, madura se nunca o fui. Mas que é uma idade que me faz "futurar" é. </div><div align="justify"></div><div align="justify">Este foi o ponto de arranque deste ano, por vezes o que custa é dar o primeiro passo mas agora quero continuar a caminhar. Vou começar a investir novamente em textos críticos, sendo uma das áreas que me fascina, mas peço que não me processem caso não concordem pois sendo eu maior de idade, bem que posso ir presa... :)</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-35754987647375838022009-08-31T18:49:00.004+01:002009-08-31T19:03:47.391+01:00Garfield & Emma<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTizgXv6dAQulxown86GWRLJ9uloM1dxiee9m2AVw-ckYVRCenxXfD2EypmyI7M7ShMJHfOmOFKhGwOxXesP0Mg5i2MVkQJHHlMkc4_PAqW-0xlIE6Ih2cY8Oupgl7Iw8vDmbzG_OIbpw/s1600-h/DSC07922.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376189459154759122" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTizgXv6dAQulxown86GWRLJ9uloM1dxiee9m2AVw-ckYVRCenxXfD2EypmyI7M7ShMJHfOmOFKhGwOxXesP0Mg5i2MVkQJHHlMkc4_PAqW-0xlIE6Ih2cY8Oupgl7Iw8vDmbzG_OIbpw/s320/DSC07922.JPG" /></a><span style="color:#ffffff;"><br /></span><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">Após algum tempo de espera, já temos mais um felino em casa. Chama-se Emma e tem 2 meses. É tricolor (laranja, branca e preta) os olhos actualmente são cinza mas têm tendência (na minha opinião) a fugir para azul ou para verde.<br />Devo dizer que receava a sua apresentação ao Garfield, o meu gato ruivo, (segundo especialistas um gato europeu de raça ginger) que já está connosco vai fazer 5 anos. Sempre o encarei como uma pessoa, apesar de ter características que dificilmente encontro em alguns humanos. Sabe quando estou bem ou mal e sabe também o que fazer para me fazer sentir melhor. E eu também já o entendo perfeitamente. Através daqueles olhos de vidro verdes, e do enrolar da sua cauda nas minhas pernas, sei por exemplo que já não quer a comida que está na gamela mas quer sim nova. Isto depois de ter insistido comigo para o seguir até lá.<br />Receava também que por trás daquela aparência frágil, a gata se demonstrasse uma diabinha. Mas não. Só quer banzé, salta por cima do Garfield e vice-versa. Ataca-nos os pés mal vê um movimento na cama. Come a comida do gato ao invés da dela… Coisas típicas de uma gata júnior.<br />No inicio o Garfield recebeu-a tal como esperávamos: com alguns bufos para mostrar quem manda na casa; algumas sapatadas na cabeça para ensinar; seguia-a também para todo o lado como se quisesse apanhá-la em flagrante.<br />Agora, após 4 dias de a termos recebido, já se pode dizer que ele a adoptou. Seguem-se, enrolam-se, já dormem juntos… Ele dá-lhe banho, e quando discorda com algum dos seus comportamentos também a ensina.<br />Penso que ela o vê como o seu pai. Como uma “autoridade” já é certo, mas como perdeu a sua mãe devido a esta ter sido atropelada, muitas das vezes procura mamar no próprio Garfield, exigindo também banhos dados por ele tal como a sua mãe lhe faria.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">Realmente, aprende-se tanto com eles. E ainda bem que vamos no começo.</span></div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-60829545781778885302009-08-24T19:57:00.003+01:002009-08-24T20:02:12.755+01:00Corta-te ou Purga-te IV<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;color:#ff0000;">MULHER-OBJECTO</span><span style="font-family:trebuchet ms;"><br />Mais um dia se segue na minha vida. Para alguns trata-se de uma vida escolhida, para outros uma sorte pútrida. Eu concordo com uma combinação das duas.<br />Hoje foi apenas mais um dia em que fui alheia a poucos. Muitos me olharam (tal descoberta), me apalparam (tal fruta), me gabaram (tal carro), me insultaram (tal árbitro), me imitaram (tal crianças) e outros “aram”.<br />Contudo, apesar de ter sido alvo de muitos mirares e contactos, ninguém me tocou na realidade. Pelo menos, tendo em conta que tenho um coraçãozinho que bate (mesmo que muitas vezes seja o menos importante já que sendo um objecto não tenho vida própria) sempre que era alvo de uma reviravolta, era apenas mais um movimento, algo que fazia porque faz parte do meu dia-a-dia.<br />São muitos os que me dizem que sou bonita, mesmo que por curtos segundos se fixam nos meus olhos, no meu cabelo enquanto o friccionam brutamente. Contudo, enquanto ouço alguns dos elogios, sinto-me tal boneca de porcelana, que recebe meia dúzia de panegíricos mas não pode pronunciar uma palavra. Eu posso, mas não consigo (nem quero).<br /><br /><br />Este texto não é baseado em experiências pessoais, segue-se da Rubrica “Corta-te ou Purga-te”, em que a Débora sugeriu encarnarmos um objecto. Após ter pedido sugestões, a minha mãe teve a ideia de sugerir “Mulher objecto”. Baseei-me nos sentimentos que julgo que elas devem sentir, já que o objecto não é só o materialmente material (confuso, eu sei…).<br />Para os mais curiosos, aqui tentarei explicar o que significa a denominação.<br />Mulher objecto é o termo que designa um comportamento por parte do sexo feminino em que este sente prazer ao adoptar uma postura submissa tanto com mulheres como com homens.<br />Estas mulheres sentem prazer ao serem humilhadas tanto a nível sexual como comportamental.<br /><br /></span></div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-60979161448470131082009-08-03T20:04:00.002+01:002009-08-03T20:14:46.703+01:00Corta-te ou Purga-te III<div><strong><em>Publicidade</em></strong></div><div align="justify">s. f.<br />1. Qualidade do que é público.<br />2. Vulgarização; divulgação.<br /><br />No seguimento da Rubrica “Corta-te ou Purga-te”, (que tem estado de férias prolongadas) surgiu a ideia de abordar o tema da publicidade, que a meu ver é muito mais do que o simples acto de publicitar um produto.<br />Enquanto aluna do 12º que vou ser, uma das profissões que pondero é relacionada com esta área, pois a Publicidade sempre foi um tema que me interessou e julgo-me capaz de enveredar na mesma.<br />Hoje em dia, apesar do campo de acção que Publicidade tem, quando é referida é tida em conta maioritariamente como “enganosa”, ou seja que falaz. Claro que há publicidade deste tipo, ou seja que chega ao seu objectivo (promover o produto) e ainda acrescenta um sem número de características que o produto não possui. Mas isso é uma das suas vertentes, em que muitas das vezes o público menos atento não repara por exemplo num sem número de *s.</div><div align="justify"><br /><br />Penso que a Publicidade é como a sedução entre pessoas: pretende acrescentar sempre algo mais, mesmo coisas que não existem, e das duas uma: ou a pessoa entende a tempo e não cai, ou é enganada. É um jogo que tem de ser bem arbitrado, marcado e ponderado.<br />Enquanto apreciadora de algumas campanhas publicitárias, devo dizer que na minha opinião julgo que esta área tem vindo a apresentar vários extremos. Temos publicidade televisiva que dura minutos exorbitantes, muitas das vezes afastando-se do produto (como se este perdesse importância face ao enredo daqueles instantes), ou temos publicidade que dura pouco tempo mas consegue cativar o público (mesmo que se afastando do produto) mas que no final, se perdermos uns minutos a pensar a mensagem está lá. É esta última que mais me cativa, pois o jogo lógico que nos obriga a realizar torna tudo mais interessante. E se a publicidade for boa, fica durante uns meses, ou mesmo anos, na boca e pensamento do público.</div><br /><div align="justify"><br />Contudo a publicidade tem comportamentos que chocam bastante, como é o seu uso indiscriminado pelas grandes multinacionais, que em países mais pobres chega a ser afrontoso.<br />O mais curioso, e que tenho vindo a constatar, é que esta publicidade que aparentemente nos choca, é um dos meios de facilitar a promoção de algo. Nós, público somos o principal meio propagandista, mesmo que falando mal do que é publicitado, o nome está lá patente.<br />Assim, concluo que a Publicidade é fundamental. Nós mesmos fazemos publicidade à nossa pessoa, ao que gostamos, ao que detestamos… Está presente nas pequenas coisas, e é uma forma de nos iludir por uns instantes. Alguns conseguem entender a trama, outros preferem optar pelo irreal, ou melhor, por aquilo que aparentemente parece mais fácil, e aí constata-se que a culpa nem sempre é da publicidade, mas da capacidade de selecção de cada um.</div><br /><div align="justify"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 205px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5365817817471667666" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSYVEVI0HphyphenhyphenZImNPI-xoG5LR-G6wb2O1e6LvBEVbD4EZWdeWOiBs-LBmQxNgezPKaZzn36m6Lq-JBvFrBLHgof96OxOb10w8DbPEhpyFOEN8CCR5FcArOtKWBnVWyOYXP429NHl2XHao/s320/bl-pl-publicidade-campanha-de-prevencao-contra-a-aids-011.jpg" /></div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-35787393911861053742009-04-10T18:58:00.001+01:002009-04-10T19:03:03.054+01:00Corta-te ou Purga-te II<div align="justify">Já faço parte da Blogosfera há 2 anos. Posso dizer que desde aí estou muito mais atenta à escrita, principalmente à minha, que regista metamorfoses.<br />Comecei em forma de brincadeira, nunca pensei que me fizesse escrever mais ou melhor, simplesmente resolvi aderir ao movimento, apesar de não conhecer muitos jovens da minha idade com blogue. E isto sem querer parecer superior, acho que os poucos jovens que têm blogue muitas vezes confundem este espaço com hi5, orkut e afins, mas claro, cada um faz do seu blogue o que bem entender. Não paga mais por isso. </div><div align="justify"><br /><br />Penso que o blogue, desde há uns tempos para cá tem tomado o lugar de espaço de troca de comentários e não de apreciação de belos textos, fotografias, ou seja partilhas pessoais. As pessoas vêem um blogue que foi recentemente actualizado, entram, comentam e pisgam-se. Muitas vezes ficam-se pelo título. Confesso que gosto de receber comentários, muitas vezes comento com a intuição de concentrar mais visitantes, mas sempre que comento, leio sobre o que estou a opinar. É uma questão de respeito, mesmo para uma pessoa que não conheço, acho que merece, pois também dispensou o seu tempo.</div><div align="justify"><br /><br />Um dos principais problemas que eu vejo no Mundo da Blogosfera, é que tem muitos “moradores”. Qualquer pessoa se regista. Isso não é mau, mas por um lado começa a ser. Vemos blogues que são autênticos diários virtuais e na minha opinião há limites. Tudo bem que uma pessoa seja muito aberta, mas daí a escrever quantos quilos perde numa semana, experiências amorosas … acho que é dar informação a mais. Isso até se torna perigoso com quem conhecemos, quanto mais com desconhecidos.<br />Contudo gosto muito de ter um blogue. É como se tivesse um pedacinho de terra, onde posso plantar o que me der na real gana. Quando estou mais inspirada vai um poema, uma crítica, ou simplesmente uma frase.<br />O “Mundo da Blogosfera”, como todos os universos tem o bom e o mau. Cabe a cada um fazer as suas escolhas. Pode utilizá-lo para o fim a que se destina, ou adaptá-lo ao que mais lhe convém.<br /><br /></div><div align="justify">Este é o segundo texto da rubrica “Corta-te ou Purga-te”, exemplo virtual de que a blogosfera tem aspectos bastante positivos, como a celebração de uma rubrica entre dois blogues. </div><div align="justify">Aproveito para desejar uma excelente Páscoa a todos.</div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-43914767629414957012009-04-07T20:27:00.005+01:002009-04-08T14:26:15.512+01:00Não empurrar, mata.<div align="justify">As desigualdades sociais sempre foram factor presente em todas as sociedades e ainda são.<br />Enquanto que em algumas, a repressão não as fazia sentir, pois todos estavam submissos ao mesmo, na sociedade actual o ideal de liberdade é causa da sua intensificação. A fusão da liberdade e da igualdade nem sempre é positiva, já que nem todos podem obtê-la. Da sua não obtenção há o esquecimento dos vencidos e os “empurrões” entre os vencedores, que teimam em perpetuá-la.<br />A sociedade de hoje a meu ver é pouco madura, vendo em tudo uma oportunidade para mais um ganho, parece que se esqueceu dos tempos que 1974 atenuou e exerce assim alguma da tirania que consegue sobre os mais fracos, porém quando sofre algum atentado revolta-se, dizendo que já passou 1974.<br />Contudo, neste período, apesar das desigualdades sociais existirem, todos eram iguais quanto à sua posição submissa.<br />Na minha opinião, um dos factores que leva a “um tempo de empurrão”, como refere Manuel Alegre, é o facto de se colocar cada vez mais o poder politico na mão dos cidadãos. Não que seja negativo, se fosse caminharíamos para uma nova ditadura, porém a sociedade confunde, muitas vezes, os interesses particulares com os públicos. Deseja ser correspondida logo que intervém o que leva a uma menor consciencialização sobre as restrições que a politica tem, o que interfere na vida de cada um, mesmo daqueles que não tiveram oportunidade de participar.<br />Os homens portam-se cada vez mais como irracionais, nascem livres porém a ânsia de ampliar a liberdade faz com que “empurre” os que nasceram na mesma condição e que se vão tornando escravos ao longo de uma vida.<br />É certo que o mundo agora exige a supremacia do nosso “mundinho”, apelando ao egoísmo, contudo há que ver que a época precedente a 1974, como tantas outras épocas difíceis, nunca assistiram a tantos empurrões, precisamente na altura em que eram necessários.<br /><br />Este texto foi escrito por mim num teste de Português, em que nos foi pedida uma reflexão sobre as diferenças da nossa sociedade e a da época de 1974, principalmente.</div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-75842864671436686612009-04-02T14:07:00.001+01:002009-04-02T14:10:40.731+01:00Corta-te ou Purga-te I<div align="justify"> Assumo-me aqui, perante o mundo da blogosfera como uma pessoa de opiniões divergentes quanto ao casamento.<br /> Na minha opinião o casamento hoje em dia está a perder o significado que teve outrora. Enquanto que antes era algo para uma vida, hoje é algo para durar enquanto não houver a 1ª discussão. Quando esta existe, é pegar nas coisas e procurar de imediato outro parceiro. Se possível para casar após uns meses.<br /> Isso pode ser bom ou mau, visto que muitas vezes as pessoas não se conhecem mas casam-se pensando que o galanteio existe durante o casamento. Nunca me casei, porém acho que quando for a minha altura vou preferir juntar apenas os “trapinhos”. E se casar será pelo civil. Simplicidade acima de tudo.<br /> Por vezes quando vejo vários casais assusto-me, confesso. Com o passar dos anos tendem a ficar cada vez mais semelhantes fisicamente. A mulher com o cabelo curto e com umas roupas bem mais discretas do que quando conheceu o marido. O marido com uma orgulhosa barriga, tende a mudar pouco, prefere antes mudar a parceira.<br />Tudo bem que o casal goste um do outro e se modifique durante a relação, mas na minha opinião, não deve mudar a bel-prazer do outro.<br /> Outra coisa que me irrita num casamento e daí a ideia de talvez não me casar é a perda de liberdade, coisa que me assusta deveras. “Amanhã sempre se almoça?” “Ah não sei, se o Joaquim quiser…”. Entendo que um casal deve partilhar interesses, mas daí a colocar todas as vontades na mão do outro…<br /> Quem vier ler isto provavelmente vai julgar que sou completamente contra o matrimónio. Mas não sou. Por favor não me processem. Liberdade de expressão é saudável.<br /> Para mim, não há casamentos perfeitos, mas sim casamentos ideais. Para mim este último é aquele em que há diálogo de parte a parte, em que se partilham opiniões sem retaliações, em que se diz o que tem a dizer na hora e sobretudo onde há honestidade que baste para terminar a relação se tiver que o ser.<br /> Casamento para mim é a união, não precisa de ser baseado apenas em papéis.<br /> <br /><br />Este tema surgiu de uma rubrica que criei com Débora Val, dona do Purgatório. A rubrica chama-se <em>Corta-te ou Purga-te</em> e passará a estar presente nos nossos blogues. </div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-28880084935864466272009-03-31T20:31:00.001+01:002009-03-31T20:33:50.615+01:00O Corsário<div align="center">O coração já bombeia,<br />A inquietude rebenta,<br />Inundando os espíritos,<br />Estancando cada veia.<br />Aproximas-te tu, imponente,<br />Com o teu corpo sedento,<br />Fascinante, ardente de robustez.<br />Os teus braços, esculpidos,<br />Obra do rigor matemático,<br />Carregados de cicatrizes,<br />Medalhas de outros passados.<br />Os teus olhos, despidos,<br />Vidrados no fantástico,<br />São reflexos sem corpo<br />Confiantes em fadários.<br />As vozes surgem, exaltadas.<br />A tua, mesmo muda, bate.<br />Brisas lutam entre si,<br />“Qual irá conseguir tocar-te?”.<br />Perante tamanha acolhida,<br />Teimas em ser tal espadarte.<br />Não podes uma vez na vida,<br />Isolar-te da tua maneira,<br />Acreditar num mundo aparte?<br />O coração agora escasseia. </div><div align="center"><br /><br /></div><div align="center">[Escrito enquanto escutava Conquest of Paradise dos Vangelis]</div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-10154297110453065112009-03-27T19:04:00.000+00:002009-03-27T19:07:50.425+00:00(R)evoluções<div align="center">(Des)encontros (de)liberados,<br />Ambiente (co)mutado e lento<br />Onde (Ir)rompe um toque chama(tivo).<br />Os gritos e ritos (con)fundem-se;<br />(e)levando todos a tal cativo…<br />Os (des)gastados juntam-se a custo,<br />As ga(rotas) baralham-se,<br />E são (man)dadas ao susto.<br />Os olhos perante a (con)fusão são lume,<br />As mãos são aparelhos debulha(dores),<br />Corpos (a)testados de efervescência,<br />E não resta (dú)vida<br />Quanto à (mis)tela corporal.<br /> Enlaçam as suas (re)lembranças ,<br />(A)braços apertados afagam,<br />Nada mais são que as (par)celas,<br />De nossas (v)idas, que se (a)pagam.</div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-76411140741736883782009-02-01T19:50:00.003+00:002009-02-01T19:58:17.356+00:00Rubrica I<div align="justify">Quem for meu leitor facilmente percebe que um dos temas que mais abordo, ou abordava antes da era dos poemas, é o dos animais.<br />Reconheço que esta preocupação com eles se elevou aquando da chegada do meu gato à minha vida.<br />Em miúda já gostava de animais, dizendo que ia ser veterinária, algo que agora com mais maturidade sei que ia fazer com todo o gosto mas não com grande facilidade.<br />Dizem as pessoas mais próximas do meu ser, que sou uma pessoa bastante cerebral. Que não mostro as minhas emoções. Que gosto de parecer inquebrável. Talvez.<br />Mas a verdade é que nas pequenas coisas, para nós simples mortais, demonstro alguma emoção. Quando por exemplo querem matar uma borboleta da noite, tanto protesto que depois acabam por apanhá-la e soltá-la.<br />Na minha opinião um mundo sem animais não seria mundo. Temos um pouco a mania da superioridade, em que comemos os animais, vestimo-nos com eles, fazemos testes neles, desfrutamos da sua companhia… mas sem eles vivíamos igualmente. Viver, até podíamos viver agora viver na plenitude, duvido.<br />Por vezes gero debates, na sua maioria à mesa, quando chegamos ao tema do vegetarianismo. Apesar de ser carnívora, não descarto essa opção, pois apesar do cliché de que eles existem para nosso sustento, isso parece-me teoria de conformistas. Eu por enquanto ainda o sou.<br />Sei que pode parecer excentricidade e assumo que talvez o seja, mas muitas vezes dou por mim a dizer que quando tiver a minha casa vou ter mais animais que pessoas.<br />Para mim eles são muito mais inteligentes do que nós os queremos fazer, daí a minha absoluta aversão a circos, festivais e tudo o que façam os animais parecer bobos. Ganhar dinheiro com o trabalho de um ser que muitas vezes é torturado, parece-me... ******** </div><div align="justify">Nós, humanos temos muito a mania de que desde que estejamos bem os animais, ou outros, também estão. A isso eu chamo egoísmo.<br />Este tema foi-me proposto pela dona do Purgatório cá do sítio, Débora Val. Celebramos uma parceria, em que mensalmente escrevemos um texto com o tema proposto pela outra.<br />Já não vinha aqui escrever desde dia 31 de Dezembro de 2008. Posso dizer que o meu blogue este ano se iniciou com um mês de atraso…<br /><br /><br /><br /><br /><br /> </div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-29526258094517850982008-12-31T17:15:00.002+00:002008-12-31T17:29:28.510+00:00Comentário ao ano que vai<div align="justify"><em> <span style="color:#000000;">“2008 é o presente ano do calendário gregoriano</span><span style="color:#000000;">, tendo sido iniciado em uma terça-feira. É o último ano </span>bissexto<span style="color:#000000;"> da </span><span style="color:#000000;">década de 2000</span></em><span style="color:#000000;"><em> e marca o aniversário de 2000 anos da dinastia”.</em> Chega! Não é isto que as pessoas querem ler. Querem</span> tragédia, desastres, derrotas, crises, e é disso que vou falar, analisando o ano de 2008.<br />A meu ver, 2008 foi um ano bastante peculiar que vai ficar na história por ter tido acontecimentos que antes não se registaram, como por exemplo a tão falada eleição de Obama. Foi o ano em que o Bush, também dos EUA, levou com um belo par de sapatos na…cara.<br />Foi o ano em que a gasolina registou os maiores valores, mas que depois diminuíram imenso, um cêntimo (em algumas gasolineiras) quase no final do ano. Vá lá, quem recebeu isto que não tenha o desplante de reclamar as poucas prendas que recebeu no Natal…<br />Aliado ao preço do petróleo, o preço da comida também aumentou. Quem tem carro nem sempre tem dinheiro, ou seja, ou come ou anda de carro. Isto para os que ainda podem optar.<br />Os meios de comunicação abraçaram o tema “crise”, que andou de boca em boca, qualquer coisa má que existisse era da crise. Afinal a globalização também pode ser má.<br />O frio apareceu, foi da crise. As doenças aumentaram, devido à crise… Em resumo, a crise foi uma verdadeira crise.<br />Mas a meu ver, estes nem foram os assuntos mais preocupantes de 2008. Os piores para mim foram os conflitos que teimam em existir, entre Geórgia e a Rússia que tanta gente arrastou e matou, tudo possivelmente devido ao maldito petróleo e também à acusação de ocupação território da Geórgia por parte da Rússia… conflitos existentes também entre outros países, na sua maioria devido também ao petróleo, que parece a água deste século.<br />Em 2008 também foi o ano em que foram passadas para o exterior, o maior número de agressões a professores, há nove meses devido a um telemóvel, em Dezembro devido a uma pistola de plástico. É um ano que indicia o que se vai ver nos próximos.<br />Desastres naturais também foram bastantes, sendo o que causou mais mortes o terramoto que se deu na China, furacões nos EUA; violações abafadas também foram faladas, mas grande parte não teve solução este ano, quem sabe nos próximos...; Os assaltos aumentaram, e o número de banqueiros acusados de corrupção também.<br />Isto foi um pequeno resumo dos temas que a meu ver foram dos mais preocupantes deste ano, já que me foi pedido pela Débora Val que explorasse este tema, e eu também a desafiei com outro com ele relacionado, sobre a validade das perspectivas para um novo ano.<br />Uma coisa que me irrita é que se comece nos finais de Dezembro a falar mal de um ano que ainda nem se iniciou. Deixem-nos ao menos esquecer isso durante a passagem de ano, vamos ter muito tempo para sentir isso.<br />Aproveito para desejar um excelente ano de 2009, e lembrem-se que se queremos mudança devemos agir nas pequenas coisas, pois as queixas por si só não resolvem nada.<br /> </div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com33tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-87704495078450395752008-12-29T21:52:00.005+00:002008-12-29T22:00:07.241+00:00Guitarra<div align="justify"><span style="font-size:180%;">A </span><span style="font-size:100%;">guitarra ecoa pelas estreitas ruas, misturando-se com as roupas meticulosamente estendidas, os cozinhados nas janelas, os velhos à porta da tasca, poucos lhe são indiferentes.<br />A viúva chorosa levanta-se do seu pranto e persegue o som, ele teima em fugir. As pernas curvadas da idade não a deixam ser um pouco mais ágil e correr. As suas roupas negras acabadas de lavar, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">devotamente</span> coradas, ficam no chão exageradamente alvo.<br />As crianças continuam nas ruas, alheias ao que se passa porém sem saberem estão a brincar ao som da música que eclode pelo ar, os seus movimentos tornam-se ora mais velozes, ora mais estáticos.<br />O padre, que ouve a guitarra como se esta estivesse dentro da própria Igreja, ajoelha-se e a medo começa a inventar uma possível letra, intercalando com rezas fielmente decoradas.<br />O autor desta música é o boémio da aldeia. Aquele que ninguém aconselha para conversa, por mais pequena que seja. Enquanto toca a música, que decidiu fazer para quem quisesse ouvir, chora, sentado na pedra fria da calçada junto à Igreja. A barba por fazer, o cabelo encaracolado encrespado, e as unhas muito compridas que dão outro toque à guitarra. As roupas que nunca foram lavadas são invisíveis perante os seus olhos azuis, que são tidos como hipnotizadores, outro factor que o coloca em desvantagem.<br />A viúva já se encontra mais próxima, no meio das vizinhas à conversa, conseguiu chegar ao que queria, e a quem queria. Mesmo sendo interpelada, o seu olhar e as suas orelhas só têm um sentido.<br />Olhando-o inicialmente com pudor, senta-se a seu lado, e pela primeira vez faz algo após a morte do seu marido sem se preocupar com as criticas dos moralistas. Acaricia-lhe o cabelo, e a música começa a soar mais alto, chamando mais a atenção que o próprio gesto. Espontaneamente a viúva tira o seu lenço negro que muitos julgavam já ser o seu cabelo, e coloca sobre os seus ombros começando a cantar.<br />As outras viúvas, e as raparigas prometidas juntam-se á volta do boémio que agora vai ser perseguido não pela sua vadiagem, mas pelo chamariz que se tornou, mesmo estando abatido.<br /><br /></div></span><div align="justify"><em>Escrito enquanto ouvia "Verdes Anos", de Carlos Paredes, música que ouvem neste momento.</em></div><div align="justify"><em>Aproveito para informar os meus leitores que no <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">texto</span> anterior, também do dia 29 de Dezembro, lancei um desafio e pode estar presente o vosso nome, confiram.</em></div><div align="justify"></div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-49092554918562913612008-12-29T21:33:00.002+00:002008-12-29T21:38:42.660+00:00<strong>Resposta ao desafio da Ana Carolina do blogue</strong>: <a href="http://oblogdaminhapessoa.blogspot.com/">http://oblogdaminhapessoa.blogspot.com/</a><br /><br /><strong>Escolher um artista/banda:</strong><br />Queen<br /><br /><br /><strong>Responder às seguintes questões somente com títulos de canções do artista/banda escolhido: </strong><br /><br /><em>És homem ou mulher?”</em> "April Lady"<br /><em>Descreve-te:”</em> “Made in Heaven”<br /><em>O que é que as pessoas pensam de ti?”</em> "Good Company"<br /><em>Como descreves o teu último relacionamento?</em> "Tutti Frutti”<br /><em>Descreve o estado actual da tua relação:</em> “Crazy love”<br /><em>Onde querias estar agora?</em> "Barcelona”<br /><em>O que pensas a respeito do amor?</em> “A Kind Of Magic”<br /><em>Como é a tua vida</em>? “Under pressure”<br /><em>O que pedirias se pudesses ter só um desejo?</em> “Stop All The Fighting“<br /><em>Escreve uma frase sábia</em>:” “There Must Be More To Life Than This”<br /><br /><br /><strong>Escolher quatro pessoas para responder ao desafio sem esquecer de os avisar:</strong><br /><a href="http://lua-do-antiquario.blogspot.com/">http://lua-do-antiquario.blogspot.com/</a><br /><a href="http://caldeiradesousa.blogspot.com/">http://caldeiradesousa.blogspot.com/</a><br /><a href="http://myplace-renatinha.blogspot.com/">http://myplace-renatinha.blogspot.com/</a><br /><a href="http://inocentesverdades.blogspot.com/">http://inocentesverdades.blogspot.com/</a>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-77662601323748151842008-12-26T17:51:00.005+00:002008-12-26T20:27:29.183+00:00A Dança<div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Estamos num salão amplo e vermelho, onde só as pessoas destoam, com as suas roupas aparatosas e desconectadas ao mote daquela festa.<br />Rodeado de espelhos, ao longe vê-se as escadas onde desce uma mulher, alta e magra, aparentemente demasiado viril para dançarina. Com o seu vestido vermelho para não quebrar o cliché do tango, e o seu cabelo negro fortemente apanhado, começa por olhar fatalmente todos os convidados.<br />Mal chega ao tapete vermelho, começa a dançar o seu tango, e ele, algures no imenso público olha-a atentamente com receio de um convite. Sim agora são elas que convidam, e sim ela é capaz de fazer isso. Começa por levantar-se receosamente e ela pára mesmo à sua frente. Ambos se olham, os seus olhos negros misturam-se com os olhos negros dela. Não existe contraste mas sim sintonia.<br />O convite surge, e agora? O “cavalheiro andante” aceita e imediatamente é arrastado para o centro do salão. As luzes focam-nos. Ela observa-o como se fosse a toureira e ele o touro. A tourada inicia-se.<br />Fugas planeadas dão lugar a uma dança sem igual. Os dois corpos unem-se, como peças que não vivem uma sem a outra. Os pés dele já se mexem energicamente, e o seu cabelo negro e desalinhado esconde a sua cara de satisfação. Ela, apenas faz o que mais gosta, dança com o homem que a fascinou naquela noite. Como estão a dizer alguns é apenas mais uma das suas loucuras. Que assim seja.<br />Eleva-se o som, apenas para eles, que já percorreram todos os pontos do salão. Ela pára e pede-lhe: “Abrázame esta noche” e ao ver o voltar repentino da sua figura, abraça-o brutalmente e ao seu ouvido diz: ”Aunque no tengas ganas prefiero que me mientas. Acércate a mi, abrázame a tí por Díos, entrégate a mis brazos”<br /><br /><br /><em>Escrito enquanto ouvia Lula Pena com o tema Pasión, composta por Rodrigo Leão, música que escutam neste momento. As frases em espanhol pertencem à mesma música.</em></div><div align="justify"></div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com25tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-45704594797247032472008-12-24T13:44:00.004+00:002008-12-24T13:55:55.790+00:00Ele existe<div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;">U</span></strong>ma vez na escola perguntaram aos alunos o que era o Natal. Muitos responderam imediatamente “Natal é o dia em que recebo muitas prendas”, outras pretendendo agradar os pais que lá se encontravam disseram “Natal é o dia em que estou com todos aqueles que amo, os meus pais e amigos”. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />No meio de várias frases feitas, a professora reparou que um aluno tinha ficado apático durante o diálogo, e perguntou-lhe “Então diz-nos, para ti o que é o Natal?”, ele coçando a cabeça em busca de ideias que teimavam em não sair disse somente a verdade “O Natal para mim é um dia como os outros. É diferente porque não tenho aulas. É diferente porque recebo no centro de apoio mais comida nesse dia, mas é um dia como outro qualquer. Não vejo os meus pais, porque eles já não vivem, e como deve saber vivo sozinho. Mas a melhor coisa que me acontece no dia de Natal é quando chega o Pai Natal, aliás eu fico a noite toda acordado á sua espera.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />Os seus colegas riram-se e diziam em coro que o Pai Natal não existia, que com a idade que tinha já o devia saber, e que o julgavam mais inteligente. Os pais, tentando garantir alguma cumplicidade riam-se e repetiam entre eles a história do rapaz.<br />A professora, que tentava manter a postura disse: “Sabes, o Pai Natal não existe. Aliás se tu nem tens dinheiro para comer como podes esperar pelo Pai Natal? Olha que acho piada ao teu sentido de humor, demonstra muita coragem perante a tua situação.” </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />O rapaz, que agora olhava todos com altivez disse: “Vocês acham que estão correctos? Então digam-me vocês o que significa o Natal? É o receber prendas como disseram? É a reunião com os familiares? Isso é uma consequência. Eu tenho o meu Pai Natal, que não é o velhote de barbas brancas e roupa vermelha, mas é um senhor que me dá comida e roupas para que possa ter uma vida mais digna.” “Se quiserem eu falo com ele sobre vocês, acho que vocês precisam de um Pai Natal”.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong>Aproveito este texto, que foi feito por mim, para desejar um Feliz Natal a todos, na companhia dos que mais desejam. Hoje é dia 24, o dia em que muitos permanecem na inocência e continuam a acreditar no Pai Natal, outros ficarão desiludidos ao saber que ele existe ou não existe depende de cada um e para outros é apenas mais um dia, tal como para o rapaz deste texto.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong>Desejo também um Feliz Ano de 2009, apesar de passar aqui antes de 2008 acabar.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong></strong></span></div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-75478857386031570422008-12-22T00:00:00.001+00:002008-12-22T00:09:46.954+00:00Nossos laços<div align="center"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Os cordões manejam-me.<br />Os nós enfrentam os laços,<br />Os andares acanhados rompem,<br />E com eles saem-me pedaços.<br /><br />Os passos estalam o chão,<br />Oscilo e estremeço a seu sabor.<br />Corrente forte e cavernosa,<br />Acaricia-te nesta noite de temor.<br /><br />Estou no abismo, lança a corda.<br />Os meus laços já são nós fortes,<br />Mas os teus desprenderam-se.<br />Ata-os, com firmeza, é a hora.</span></div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-75611261355730907322008-11-17T19:04:00.000+00:002008-11-17T19:05:38.420+00:00Fogo<div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Queimada estou e a ti o devo,<br />Possuíste-me sem pudor,<br />Reduziste a minha alma a cinzas,<br />Cinzas destoantes à tua cor.<br /><br />Seduzida estou e a ti o devo,<br />Chamas altas de multicolor,<br />Calor intenso e arrepiante,<br />Contigo sofro, meu rubor.<br /><br />Aquecida estou e a ti o devo,<br />Arrastaste-me com louvor,<br />Engoliste a minha força,<br />Devoraste o meu interior.</span></div><div align="center"> </div><div align="center"><br /><br /> </div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-88950961873908463912008-11-13T16:35:00.003+00:002008-11-13T16:58:11.116+00:00Vaiando a ministra<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>"Cerca de três centenas de manifestantes, entre alunos e professores, obrigaram esta tarde a Ministra da Educação a abandonar a cidade de Fafe, sem cumprir o evento que tinha programado. Com palavras de ordem e ovos, os protestantes nem deixaram a ministra pôr o pé fora do carro".<br /></strong><em>Jornal de Noticias, 12 de Novembro de 2008</em><br /><br />Não entendo como é possível perante o actual estado do nosso ensino, os professores juntarem-se com alunos para atirarem ovos à Ministra da Educação.<br />Claro que esta avaliação de desempenho envolve muita coisa, mas se os professores são os primeiros a queixarem-se das "faltas de educação, insolência, más-criações..." juntam-se a isto como se de crianças se tratassem?<br />Uma das profissões que mais receio é a de professora, pois apesar de em criança o querer ser, hoje acho que é uma profissão que exige muito estofo, pois eu vejo pelas aulas que os professores preparam e que ficam pela metade, as faltas de respeito que existem que vão desde “levar com vento na tromba” a outros exemplos…<br />Porém não entendo como alguns podem exigir esse respeito, quando recebem a ministra da educação, por mais que discordem com ela, com ovos.<br />Desde há uns tempos para cá tenho notado a qualidade das aulas a dissipar, e eu imaginava o ensino no secundário como algo muito mais exigente, e assim o encaro e o faço, mas noto que nem todos o vêem da mesma forma.<br />Depois há aquela questão de que ao sermos uma turma todos contribuem quer para o bem ou o mal.<br />Encontram-se ainda notícias como “Alunos encerraram escola a cadeado”, “professora é agredida devido a telemóvel”, e aí eu pergunto: de quem é a culpa?<br />Existe uma onda de facilitismos que julgo que começa a passar-se também para os professores, que preferem os ovos às palavras.<br />Felizmente ainda há bons professores, especialmente os</span> antigos.</div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-64383619681391830592008-11-05T19:42:00.000+00:002008-11-05T19:43:44.037+00:00Cá fora, Lá dentro<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Cada vez entendo menos a indiferença que existe com a aula de moral; dizem que os jovens estão cada vez mais complicados, mas no entanto é a disciplina que ocupa menos tempo do nosso horário semanal.<br />As aulas deste ano pelo menos na minha escola, e no meu nível estão a ser de teor psicológico, e estou a gostar bastante.<br />Segundo a nossa professora, nós temos várias pessoas dentro de nós. Claro que perante isto eu pensei: “Várias pessoas? Como assim?”<br />Mas assim que ouvi e pensei acabei por concordar. Eu tenho a criança que gosta de ser atendida e que ouçam os seus disparates, tenho a adolescente que é rebelde, por vezes convencida e várias vezes insegura. Tenho também a jovem, autónoma, anseio a liberdade; e tenho o adulto que é quando de repente a criança/adolescente vira madura.<br />Ao concluir que tenho uma multidão dentro de mim pensei “Mas como é possível que estejam todos lá dentro”. Claro que é algo que sabemos, por vezes fazemos algo e pensamos “Fui uma criança autêntica”, porém, eu pelo menos não penso muito nisso.<br />Concluí também que isso demonstra alguns dos meus receios, que provavelmente estão presentes em todos os adolescentes, a insegurança que nos invade, a certeza que se mistura, a incerteza do futuro…<br />A minha professora disse ainda que é normal que estas pessoas existam, denominemos “visitas normais”, porém há que expulsar algumas ao longo do crescimento.<br />Eu disse-lhe que por vezes sinto que não sou uma adolescente, pois não tenho necessidade de fazer o que os outros fazem, talvez a minha maturidade nesse aspecto seja superior… Acabou por dizer-me que é um processo normal, e que se não o fizer agora farei no futuro, por isso é que se vê adultos que parecem adolescentes.<br />Ao saber isto parece que ouço as várias pessoas a falarem dentro de mim, a darem a vez para que os meus actos sejam produzidos…</span></div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-746834240485409384.post-40448433110951159462008-10-29T19:07:00.003+00:002008-10-29T19:21:56.952+00:00O Passado no Presente<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Provavelmente o que vou falar aqui vocês já sentiram, o famoso <em>déjà vu,</em> traduzido significa "já visto".</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Se há algo que me deixa inquieta é tudo aquilo que desconheço, uma conclusão fantástica, e aquele sentimento de que já vivi algo mas não sei quando é realmente estranho.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Ando a ler um livro em que me deparei com uma senhora do século XXI que um dia acordou no século XX; uma situação que eu penso que pode ser a razão para algumas das nossas questões, pois podemos adormeçer e acordar no século XIX vivendo algo que no século XXI se vai repetir.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Quantas vezes chamamos coisas de "coincidências", "acasos", mas podem muito bem ser reflexos de algo que já vivemos, e que nos é facilitado mas que nem sempre está ao nosso alcance.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Por vezes conheço pessoas que tenho a impressão que já as conheço faz muito tempo, e após algum tempo de convivio elas dizem algo que eu já ouvi, ou um simples gesto seu me questiona.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Algumas vezes nesses diálogos já sei qual é a frase que se segue, e uma das coisas que mais me questiona é se nós estamos a viver algo que está sempre a rodar e a retroceder, tipo um filme, em que basta uma deixa estar mal e o guião é repetido...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Isto é realmente complicado, talvez demore um pouco a mudar os termos de "coincidência" e "acaso", mas até lá há que ter atenção... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span> </div>Euhttp://www.blogger.com/profile/03237252936662867123noreply@blogger.com7