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domingo, 21 de novembro de 2010

Achado

O coração arrombou o peito.

Os olhos sombrios arderam,

Tal fogueira numa casa abandonada.

O corpo girou em torno da chama.

Procurei-te, tacteei-te, afastei-te,

Eras poeira real, insuportável e ferina,

Como se o passado fosse deserto.

Lembrei-me de quando ainda estavas longe.

O meu coração não se atrevia, detinha-se.

Os olhos não queimavam, jaziam.

O corpo deambulava sem roteiro.

Poeira estava nos meus olhos perante o fado.

Olhei-me sôfrega cobrando um sinal teu.

Uma linha, uma cicatriz, um sinal,

O teu odor intenso esquecido no ar,

O teu sorriso espelhado nos meus olhos,

A tua voz encoberta a soar nos meus ouvidos.

Mas não sabia eu que o que me deixaste

Foi a noção da tua existência.

Aonde estás? Ainda vou descobrir.

5 remendo(s):

Renegade disse...

Que bonito! E inspirador. E tem muita mágoa...

Débora Val disse...

Muito bom, o poema. :)

Beijos.

Rui Carlo disse...

Sereno, tranquilo... suave e apaixonante

Lúcia Machado disse...

Gostas de coisas práticas, confortáveis e com um toque de glamour?
Curiosa? :-)

Espreita em:
http://made4you-butterfly.blogspot.com/

ou no facebook:
http://pt-pt.facebook.com/people/Made-You-Made-You/100002333586927

Vais gostar :-)

Solilóquio ao longe disse...

aonde estás?
linda poesia...


venha visitar-me em:
www.soliloquioaolonge.blogspot.com


será um prazer recebê-la,
vou te seguir, vc retribui o seguimento rs, um grande abraço!

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