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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Garfield & Emma


Após algum tempo de espera, já temos mais um felino em casa. Chama-se Emma e tem 2 meses. É tricolor (laranja, branca e preta) os olhos actualmente são cinza mas têm tendência (na minha opinião) a fugir para azul ou para verde.
Devo dizer que receava a sua apresentação ao Garfield, o meu gato ruivo, (segundo especialistas um gato europeu de raça ginger) que já está connosco vai fazer 5 anos. Sempre o encarei como uma pessoa, apesar de ter características que dificilmente encontro em alguns humanos. Sabe quando estou bem ou mal e sabe também o que fazer para me fazer sentir melhor. E eu também já o entendo perfeitamente. Através daqueles olhos de vidro verdes, e do enrolar da sua cauda nas minhas pernas, sei por exemplo que já não quer a comida que está na gamela mas quer sim nova. Isto depois de ter insistido comigo para o seguir até lá.
Receava também que por trás daquela aparência frágil, a gata se demonstrasse uma diabinha. Mas não. Só quer banzé, salta por cima do Garfield e vice-versa. Ataca-nos os pés mal vê um movimento na cama. Come a comida do gato ao invés da dela… Coisas típicas de uma gata júnior.
No inicio o Garfield recebeu-a tal como esperávamos: com alguns bufos para mostrar quem manda na casa; algumas sapatadas na cabeça para ensinar; seguia-a também para todo o lado como se quisesse apanhá-la em flagrante.
Agora, após 4 dias de a termos recebido, já se pode dizer que ele a adoptou. Seguem-se, enrolam-se, já dormem juntos… Ele dá-lhe banho, e quando discorda com algum dos seus comportamentos também a ensina.
Penso que ela o vê como o seu pai. Como uma “autoridade” já é certo, mas como perdeu a sua mãe devido a esta ter sido atropelada, muitas das vezes procura mamar no próprio Garfield, exigindo também banhos dados por ele tal como a sua mãe lhe faria.

Realmente, aprende-se tanto com eles. E ainda bem que vamos no começo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Corta-te ou Purga-te IV

MULHER-OBJECTO
Mais um dia se segue na minha vida. Para alguns trata-se de uma vida escolhida, para outros uma sorte pútrida. Eu concordo com uma combinação das duas.
Hoje foi apenas mais um dia em que fui alheia a poucos. Muitos me olharam (tal descoberta), me apalparam (tal fruta), me gabaram (tal carro), me insultaram (tal árbitro), me imitaram (tal crianças) e outros “aram”.
Contudo, apesar de ter sido alvo de muitos mirares e contactos, ninguém me tocou na realidade. Pelo menos, tendo em conta que tenho um coraçãozinho que bate (mesmo que muitas vezes seja o menos importante já que sendo um objecto não tenho vida própria) sempre que era alvo de uma reviravolta, era apenas mais um movimento, algo que fazia porque faz parte do meu dia-a-dia.
São muitos os que me dizem que sou bonita, mesmo que por curtos segundos se fixam nos meus olhos, no meu cabelo enquanto o friccionam brutamente. Contudo, enquanto ouço alguns dos elogios, sinto-me tal boneca de porcelana, que recebe meia dúzia de panegíricos mas não pode pronunciar uma palavra. Eu posso, mas não consigo (nem quero).


Este texto não é baseado em experiências pessoais, segue-se da Rubrica “Corta-te ou Purga-te”, em que a Débora sugeriu encarnarmos um objecto. Após ter pedido sugestões, a minha mãe teve a ideia de sugerir “Mulher objecto”. Baseei-me nos sentimentos que julgo que elas devem sentir, já que o objecto não é só o materialmente material (confuso, eu sei…).
Para os mais curiosos, aqui tentarei explicar o que significa a denominação.
Mulher objecto é o termo que designa um comportamento por parte do sexo feminino em que este sente prazer ao adoptar uma postura submissa tanto com mulheres como com homens.
Estas mulheres sentem prazer ao serem humilhadas tanto a nível sexual como comportamental.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Corta-te ou Purga-te III

Publicidade
s. f.
1. Qualidade do que é público.
2. Vulgarização; divulgação.

No seguimento da Rubrica “Corta-te ou Purga-te”, (que tem estado de férias prolongadas) surgiu a ideia de abordar o tema da publicidade, que a meu ver é muito mais do que o simples acto de publicitar um produto.
Enquanto aluna do 12º que vou ser, uma das profissões que pondero é relacionada com esta área, pois a Publicidade sempre foi um tema que me interessou e julgo-me capaz de enveredar na mesma.
Hoje em dia, apesar do campo de acção que Publicidade tem, quando é referida é tida em conta maioritariamente como “enganosa”, ou seja que falaz. Claro que há publicidade deste tipo, ou seja que chega ao seu objectivo (promover o produto) e ainda acrescenta um sem número de características que o produto não possui. Mas isso é uma das suas vertentes, em que muitas das vezes o público menos atento não repara por exemplo num sem número de *s.


Penso que a Publicidade é como a sedução entre pessoas: pretende acrescentar sempre algo mais, mesmo coisas que não existem, e das duas uma: ou a pessoa entende a tempo e não cai, ou é enganada. É um jogo que tem de ser bem arbitrado, marcado e ponderado.
Enquanto apreciadora de algumas campanhas publicitárias, devo dizer que na minha opinião julgo que esta área tem vindo a apresentar vários extremos. Temos publicidade televisiva que dura minutos exorbitantes, muitas das vezes afastando-se do produto (como se este perdesse importância face ao enredo daqueles instantes), ou temos publicidade que dura pouco tempo mas consegue cativar o público (mesmo que se afastando do produto) mas que no final, se perdermos uns minutos a pensar a mensagem está lá. É esta última que mais me cativa, pois o jogo lógico que nos obriga a realizar torna tudo mais interessante. E se a publicidade for boa, fica durante uns meses, ou mesmo anos, na boca e pensamento do público.


Contudo a publicidade tem comportamentos que chocam bastante, como é o seu uso indiscriminado pelas grandes multinacionais, que em países mais pobres chega a ser afrontoso.
O mais curioso, e que tenho vindo a constatar, é que esta publicidade que aparentemente nos choca, é um dos meios de facilitar a promoção de algo. Nós, público somos o principal meio propagandista, mesmo que falando mal do que é publicitado, o nome está lá patente.
Assim, concluo que a Publicidade é fundamental. Nós mesmos fazemos publicidade à nossa pessoa, ao que gostamos, ao que detestamos… Está presente nas pequenas coisas, e é uma forma de nos iludir por uns instantes. Alguns conseguem entender a trama, outros preferem optar pelo irreal, ou melhor, por aquilo que aparentemente parece mais fácil, e aí constata-se que a culpa nem sempre é da publicidade, mas da capacidade de selecção de cada um.

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