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quarta-feira, 25 de junho de 2008

O sem-abrigo


Corpo à deriva pela rua,
E a questão permanece,
Que faz este homem perdido?
Não é ouvida a sua prece?

Olhos diluídos com a solidão,
Postura sempre caída,
Pés marcados pelo tempo,
Que lutam contra a vida.

Os olhares com altivez,
Os desvios intencionais,
São a sua distracção,
No meio de tantos iguais.

15 remendo(s):

Camilla disse...

Fiquei com pena dele...

Anónimo disse...

Enfim...realidade mais que crua e real...beijinhos e Obrigada

Ana Beatriz Frusca disse...

Muito triste...essa é face da realidade mais dolorosa!
Beijos

Sérgio Figueiredo disse...

todos iguais mas...tão diferentes.
quem são...ninguém sabe.
o que são...ninguém sabe.
que querem...ninguém sabe.
porquê???
porque há poucas pessoas (como tu) que se lembram deles.

beijo

Araúja Kodomo disse...

Muito bom :)

Maldito disse...

O seu tipo de poesia é do tipo que me intriga...

Heloisa Ikeda disse...

Ahhh
os seus versos são sempre
muito lindos, agradáveis e envolventes rs, adorei!!
E que bom que voltaste
Beijos.

:: Fatima :: disse...

Gostei muito do seu texto,mas confesso que fiquei com um pouco de pena dele!Mas essa e a realidade nua e crua nao e mesmo?

bjoo

(*

Unknown disse...

Por aqui, pelo Porto, nem sonhas como aumentou o número dos sem-abrigo.
.
O fenómeno já começa a miscigenar-se com a imigração clandestina, com a toxicodependência, com a mendicidade... já não se percebe a sua verdadeira dimensão.
.
Sinal de "tempos" difíceis, mesmo.
Sinal de urbanidade, também... infeliz urbanidade...
.
Não chegará a solidariedade da sociedade civil...
.
Parecem os "invisíveis" da cultura indiana - as castas mais "puras" não os vêem... aí, porque se escondem. Aqui, porque custa "vê-LOS", embora estejam bem visíveis!
.
[Beijo para ti, que sentes tanto...]

Gabriela de Sousa disse...

Adorei a última quadra!
É mesmo incrível como pode haver tanta diferença na igualdade...
Gosto do teu carácter de criticar a sociedade que vês com a tua maneira própria... vejo que decidiste não limitar essa crítica à prosa mas passaste à poesia! Muito bom o poema!

Beijos

Rute Fernandes disse...

=)

Bonito!


(Voltaste Weeeeeee)
*

Jú Carvalho disse...

Me vi nisso!
E por algum motivo desconhecido te vi nisso - e isso é um elogio! Porque traduzir aquilo que se sente em palavras não é pra qualquer um ;)
GOSTEI MUITO daqui ^^

Beto Uchôa disse...

Nossa que loco, vc escreve muito bem.
Parabens

Ana Si disse...

gostei ...
verdadeiro e triste ...

Alessandra Castro disse...

Oh pobre homem comum.

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